A dualidade corpo e mente: Não tente separar cérebro de coração, porque a única coisa que você vai conseguir é “perder” a cabeça!
Nosso cérebro é parte do nosso corpo tanto quanto todo o resto. Muitas pessoas se equivocam na hora de escolher o que é melhor e tentam separar razão de emoção como se o cérebro fosse a razão e o coração, a emoção!
Sendo o corpo um “conjunto”, onde cada órgão ou parte dele tem sua função, em cada um de nós há duas opções de escolhas para tomar decisões as racionais e as emocionais.
Querer separar essas partes, é querer “mutilar-se”.
Nossa capacidade de tomar decisões também nos permite fazer as melhores escolhas para nós mesmos, e são elas que garantirão se o nosso futuro será saudável, promissor ou devastador.
Por exemplo, em se tratando de longevidade, para ter um corpo saudável e uma vida saudável, é fundamental criar e seguir hábitos saudáveis; aqueles que muitas vezes tentamos sabotar, como praticar atividades físicas regularmente, comer alimentos saudáveis e dormir bem!
Pense assim: Viver é uma constante atividade e para questões onde tomar decisões são necessários, ficamos alertas e apreensivos se vamos acertar, errar, ser tendenciosos, levianos e dignos de julgamento, sobretudo se acreditamos que devemos separar nossa emoção da nossa razão, numa tentativa de selecionar a melhor opção para o momento, individual e coletivamente.
Além do aspecto físico que define a qualidade da nossa saúde, há também o aspecto intelectual. Precisamos dar ao nosso cérebro mais estímulos para que ele se mantenha saudável e decisório!
Aprenda coisas novas para manter o seu cérebro ativo e com isso evitar as doenças psicológicas e neurológicas como Alzheimer e Depressão.
Ao analisarmos a vida humana, temos uma curva em “U” onde aos 50 anos aproximadamente, há a tendência a desenvolver depressão. Saiba que aprender, nos permite criar conexões com o mundo e é essa a principal função do nosso cérebro! Aprender!
Seres humanos têm a tendência a armazenar energia, querem tudo rápido, agora, mágico, porém, desafiar o nosso cérebro constantemente a aprender mais, nos mantém próximos de uma velhice sadia e distantes de perda de consciência! E ser consciente é que nos dá a permissão de tomarmos as melhores decisões.
Entretanto, conhecimento sem ação não nos serve e não nos ajuda.
De que adianta ler livros, se vou continuar no mesmo modelo de comportamento? De que adianta praticar atividade física se vou continuar me deteriorando?
O mundo está muito veloz e nossa capacidade de adaptação é nossa maior inimiga nessa trajetória. E sobre esse aspecto, precisamos nos preparar para viver 100 anos, mas de preferência, bem!
Psicologicamente temos dois “eus” segundo Daniel Kahneman, o “eu” projetivo e o “eu” experiencial.
No entanto, enxergarmos um “eu” apenas é incorreto, e a diferença entre esses “eus” é que o projetivo olha para o futuro e para o passado, lembra das conquistas e o que te trouxe até aqui e projeta o futuro pensando nas possibilidades com base nessas conquistas. O “eu” experiencial vive o presente, vive o momento no momento e possui uma duração muito curta que de acordo com estudos, dura em média 3 segundos, é super instantâneo.
Do ponto de vista dinâmico, viver e pensar sobre a vida são coisas diferentes, principalmente porque um “eu” é diferente do outro; o que nos deixa com a sensação de infelicidade ou insatisfação. Um conselho é observar que colocamos muita energia no “eu” projetivo, pois vivemos em busca de soluções e planos para o futuro baseados em nossas experiências e, com isso, deixamos de experienciar o aqui e agora, que descreve o “eu” experiencial.
“A Wandering Mind Is an Unhappy Mind” um artigo de Matthew A. Killingsworth* e Daniel T. Gilbert, que significa mais ou menos “Uma mente que vagueia é uma mente infeliz”, um artigo publicado em 2010 da Science, diz que se você está em um local pensando no que que está acontecendo em outro local, a probabilidade é de que você esteja infeliz.
Nossa sociedade nos coloca muitos objetivos e conquistas a serem atingidas na nossa primeira metade de vida, o que justifica o “eu” projetivo em ação, mas precisamos lembrar que esse “eu” nos impulsiona a querer sempre mais. Aos 50 anos, se tivermos conseguido os nossos objetivos, o “eu” experiencial passa a ter mais valor, porque estar “aqui e agora” é o que faz sentido. E mesmo que não tenhamos conquistado tudo, ainda assim “desaceleramos” e nos contentamos com o que conseguimos e passamos a dar mais valor ao momento.
A acomodação, um comportamento humano, estimula a sensação do contentamento, porque compromete nossa evolução e nossas escolhas e, consequentemente, afeta nossa qualidade de vida, nosso futuro e até nossa história e vida.
A prática daquilo que conhecemos é o que valida nossa existência!
Texto construído de uma palestra realizada no dia 03/01/2018 do Pedro Calabrez, da qual eu sou muito fã!
Obrigada Pedro…
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Um abraço,
Cris Santos – Headhunter e diretora da BrainFit, Coaching de negócios e gestão de pessoas.