Por que é tão difícil discordar sem discutir? Essa é a pergunta que precisamos colocar à frente de nossas decisões e escolhas.
Mais da metade do nosso tempo passamos com outras pessoas com interesses e necessidades diferentes onde nossas vontades e desejos são colocados à prova, só que, às vezes, é muito difícil nos relacionarmos ou nos comunicarmos uns com o outros.
Por isso os conflitos são considerados problemas e, no ambiente corporativo, são comumente chamados de “ruídos”.
O que precisamos é entender que as falhas de comunicação colocam por terra projetos e negócios e ainda fragilizam as relações humanas no mundo corporativo onde, dependendo de como essas relações se desenvolvem, impactam negativa e significativamente a vida pessoal e o desempenho no trabalho. Como ativo de bom relacionamento, tornou-se tão desejável e necessário desenvolver empatia e resiliência para relacionamentos pessoais mais construtivos e saudáveis.
E a Comunicação Não Violenta, ou a CNV, existe justamente com este propósito, o de nos proporcionar um entendimento empático sob o ponto de vista e necessidade do outro.
Como vivemos cercados de gente por todos os lados, aprendemos a conviver com a ideia de que as diferenças de opiniões podem ser consideradas como discórdias, mas o correto seria pensar que discordar não é briga, discordar é saudável e pode contribuir para nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Se pela semelhança nos unimos, é pelas diferenças que nos desenvolvemos e crescemos!
É super possível ser firme sem elevar a voz, é super possível negociar com as pessoas sem se desentender, só que para isso, na CNV precisamos estar atentos aos sinais comportamentais como agressividade e violência gratuita e que nada mais são do que um pedido atrapalhado de uma necessidade que precisa ser atendida.
Pessoas tem o hábito de usar equivocadamente as palavras quando se sentem incomodadas ou acuadas e, por isso, é tão importante pensarmos bem quais delas iremos escolher e que, se mal escolhidas, irão definir qual o rumo dos nossos relacionamentos, pessoal e profissionalmente.
Marshall Rosenberg, nos ensina como entender melhor nossos bloqueios, praticar a escuta empática e aplicar os passos da CNV nos diálogos do seu dia a dia.
Para ter uma comunicação com empatia você precisa observar atentamente! E observar é “escutar” atentamente!
Quais são os sentimentos que aquela observação te provoca e quais as necessidades que essa observação e esse sentimento te causaram? E aí, somente depois, somos capazes de montar um pedido para que essa necessidade seja atendida.
Entre tantos ensinamentos sobre necessidades e conflitos, empatia e expectativas, vale prestar atenção aos 4 pilares que norteiam a CNV e, conhecendo-os, colocar em prática em forma de exercício:
1. Observação: eu percebi que… (diferente de julgamento)
2. Sentimento: isso me causou um sentimento de… (diferente de avaliações precoces)
3. Necessidade: ao invés disso você poderia… (estratégia e pensar na forma como)
4. Pedido: numa próxima vez nós poderíamos fazer … (ser claro quanto ao pedido da sua necessidade)
Em seu livro, Marshal traz muitas boas dicas de exercícios e ensinamentos para a prática da empatia e das necessidade humanas!
Vale cada linha, principalmente se você se dedica a estabelecer bons relacionamentos e ter mais harmonia para a vida!
Forte abraço (sem abraçar)
Cris Santos