Reflita antes sobre como fazer isso para não ter problemas de rejeição das pessoas no retorno ao trabalho.
Uma pesquisa da ItSeg mostra que 62% das empresas querem ter suas equipes e volta.
Pensando em tudo o que passamos nesses um ano e meio desde o início da pandemia, será que as pessoas estão com vontade de voltar?
A grande maioria das pessoas, de todos nós inclusive, tiveram que se adaptar às demandas da vida. Filhos, casa, afazeres domésticos, trabalho, tempo e escassez de recursos, forçaram todos a buscarem um meio de sobreviver a tudo isso… e em casa!
Quartéis generais foram criados nas residências das pessoas!
Investimento em internet, adequação de espaço físico, agenda de trabalho e rotinas, acabaram aproximando as pessoas!
Há quem diga que a aproximação foi uma prova de amor e ódio ao mesmo tempo, mas que foram devidamente superadas e ainda estão em movimento.
E vai ser difícil deixar para trás essa rotina.
Ainda que cozinhar todos os dias, arrumar a casa, entre outras tarefas que, quando podemos, delegamos à outrem, sejam desagradáveis, elas passaram a fazer parte de um movimento “novo diferente” do qual tivemos que nos adaptar.
E, refletindo sobre esse ponto, se nada será como antes, por que o trabalho seria diferente?
Empresas estão perdendo competitividade para aquelas que estão com o formato mais flexível.
“Nos Estados Unidos, mais de 50% dos trabalhadores gostariam de continuar trabalhando de casa, segundo pesquisa do Pew Research Center. Em outro levantamento, esse feito pela Korn Ferry, 70% disseram que voltar ao trabalho presencial pode ser difícil e estranho.
No Brasil, uma pesquisa feita pela Vulpi com desenvolvedores mostrou que 86,58% preferem trabalhar de forma remota, 6,88% no modelo híbrido e 6,54% de forma presencial.” (Fonte: 6minutos)
Se o funcionário não quiser voltar ao trabalho presencial, o que fazer?
Especialistas do direito do trabalho e do RH dizem que, à excessão das gestantes, a empresa pode sim convocar seus trabalhadores a voltarem aos seus postos.
Porém, para evitar conflitos e perda de contingente humano, vale pensar em flexibilizar, quando possível, para o modelo híbrido ou mesmo remoto.
Existem muitas pessoas querendo retomar aos seus trabalhos no modelo físico, mas a grande maioria está adaptada ao remoto. Será que não valeria a pena pensar nessa possibilidade?
Algumas empresas estão adotando um planejamento para esse retorno:
- Preparar os gestores para administrar equipes remotas e presenciais com sessões de Coaching executivo e mentoria de liderança.
- Entender quem funciona melhor presencialmente e quem não vai demonstrar empatia e que a empresa pensa empaticamente.
- Montar rodízios entre as pessoas para os modelos híbridos. Isso pode ser trabalhoso num primeiro momento, mas valerá a pena lá na frente.
- Organizar uma agenda para que o retorno aconteça, pois as pessoas precisam também readequar as suas vidas com os filhos e cônjuges.
- Manter e estruturar os indicadores de desempenho. Muitas pessoas produzem mais no modelo remoto e vão estranhar o presencial. Repensar planos de metas e entregas.
Se a sua empresa está animada para o retorno, isso é incrível, mas pense com calma e se organize para isso. Alinhe suas expectativas com as expectativas de sua equipe.
Um abraço
Cris Santos
Fontes: @6minutos