Nossas tomadas de decisão não são somente por motivação racional. A mente se desenvolve de duas maneiras: uma rápida que é mais intuitiva e emocional e outra devagar que é mais lógica e deliberativa. As decisões são tomadas principalmente pela nossa experiência. Temos defeitos e vícios nos modelos de tomada de decisão mais intuitiva que possuem às vezes um peso nessas decisões, pois podem colocar as pessoas em apuros! Tanto nos negócios quanto na vida pessoal.

As empresas podem ser impactadas pelos comportamentos humanos e consequentemente nos modelos de tomada de decisão individuais, onde na maioria das vezes não nos damos conta se estamos ou não tomando a decisão mais assertiva, pois, dotados de convicções pessoais, acreditamos estar no caminho certo.

As tomadas de decisão intuitiva nos permitem pensar se devemos desistir ou lutar, mas isso só é possível quando temos uma vasta experiência de vida. As tomadas de decisão mais lentas são como computadores que resolvem os problemas de maneira mais complexas, mas isso nos custa um tempo que às vezes não temos. As duas maneiras de pensar funcionam juntas, não podemos dizer que somos mais emocionais e intuitivos ou racionais e deliberativos. Isso é um erro. Somos um conjunto de informações que nos permitirá (ou não) tomar a melhor decisão que uma situação exigir.

Intuitivamente tomamos decisões mais rápidas quando há um perigo iminente, mas o sistema lógico precisa de problemas mais complexos para entrar em ação e é ele quem nos faz parar e analisar. O controle de uma situação e que exigem mais precisão requer a utilização de tomadas de decisão mais lógicas que possuem uma tendência a cometer menos enganos.

É uma característica das pessoas de sucesso terem os dois sistemas à disposição delas, pois entender as duas formas de pensar vai fazer com que as suas competências sejam utilizadas de maneira mais eficaz, pois entender as diferenças e quando cada modelo de tomada de decisão entrará em ação, fará com que tomemos melhores decisões.

Situações corriqueiras que passamos todos os dias, acionam nossa tomada de decisão mais intuitiva, aquelas que não é preciso pensar a respeito. Como uma conta de 2 mais 2 ou dirigir no caminho de casa. Já uma análise financeira, a performance de indicadores, contas mais complexas ou mesmo decisões onde não podemos ser passionais, necessita de mais precisão e por isso nosso sistema mais lógico precisará agir.

É comum acharmos que tomamos decisões de maneira racional, mas nossa intuição é a base para a maioria das nossas decisões. Ambos os sistemas afetam nossas decisões. A maneira mais intuitiva é estimulada pelo sistema mais lógico

Nossas decisões tem um pouco de ambos os sistemas: a intuição nos dá sinais dá impressões e sentimento, mas quando não conseguimos resolver uma situação, acionamos a razão.

Nossa intuição pode fazer com que tomemos decisões precipitadas. E isso pode alterar o curso do que se espera quando se trata de resultados.

Nossas crenças e hábitos são muito influenciados tanto pela intuição quanto pela lógica, e para ter sucesso é necessário ter hábitos que impulsionem nossas rotinas diárias de maneira a manter nosso dia a dia mais produtivo. É o caso das práticas meditativas, exercícios físicos, hábitos alimentares e de consumo onde nossas escolhas vão manter a saúde em dia nos permitindo ter uma vida mais equilibrada, feliz e produtiva.

Temos que ter disciplina para que nossas tarefas sejam executadas e passar pela fase de que ser feliz é fazer somente o que se gosta. Porém, nosso sistema intuitivo de tomada de decisão possui uma tendência a nos manter na zona de conforto. Isso porque ele nos induz a acreditar que o que gostamos de fazer é o certo. Mas tanto no ambiente corporativo quanto na vida pessoal, temos que estar atentos a que tipo de hábitos e rotinas irão nos manter mais saudáveis.

No caso da nossa lógica, ele nos ajuda a analisar os benefícios da disciplina e coloca tudo de maneira a impulsionar nossas decisões para o lado mais correto, mais prudente, mais sensato e lógico.

Há uma tendência que nos levar a tomar decisões de maneira mais fácil e confortável possível, e buscamos o caminho mais fácil e atividades mais agradáveis. E isso é uma ilusão no mundo corporativo onde sempre somos colocados a prova, mas para ter disciplinas e adquirir hábitos saudáveis e mais produtivos, nem sempre será possível fazer coisas agradáveis.

Uma boa solução para saber utilizar tanto a intuição quanto a lógica a seu favor seria usar a ancoragem ou a análise mais equalizada entre a emoção e a razão, e, nesse caso, sermos capazes de analisar os prós e contras de uma tomada de decisão.

No mundo dos negócios o medo de perder dinheiro costuma ser maior ou mais impactante do que ganhar dinheiro, praticamente todas as vezes e podemos perder algumas possibilidades de sermos bem-sucedidos numa tomada de uma decisão simplesmente por medo de não ser capaz de analisar se tal decisão será positiva ou não. É o caso dos investidores que tem medo de perder dinheiro e hesitam várias vezes até tomarem a decisão se vão ou não investir muito mais pelo medo de perder do que a possibilidade de ganhar.

A qualidade das previsões e da intuição profissional não é um dom divino que algumas pessoas têm e outras não. Previsibilidade e regularidade do ambiente e a exposição do profissional a uma prática prolongada com o feedback são os impulsionadores para formar e apoiar profissionais a serem melhores tomadores de decisão.

Um feedback rápido acelera o processo de aprendizagem de um empreendedor ou profissional e isso vai contribuir com o acúmulo de experiências necessárias para o aprimoramento da qualidade e com a sua intuição sobre os negócios.

Por não termos um ambiente regular e previsível, ficamos expostos ao risco de tomar decisões de maneira correta ou não. Como não temos como prever qual o melhor produto ou serviço oferecemos para os clientes, precisamos testar, medir, aprender, experienciar o que fazemos para poder ter a capacidade de decidir se estamos no caminho certo.

Nossa intuição deve ter uma base sólida para tomar boas decisões porque vamos usá-la no decorrer da vida para tomar nossas decisões. Isso porque nem tudo é racional e lógico e nem sempre temos uma boa explicação para o que acontece no ambiente corporativo.

O que acontece é que podemos confundir o que é intuitivo ou racional com histórias ou ilusões pessoais e isso confunde nossa intuição. Quanto mais experiência menos vulnerável nos tornamos e menos ilusões criamos. Ser otimista é uma característica de empreendedores ou tomadores de decisão, mas não podemos com ele criar cenários instáveis e negligentes apoiado em convicções pessoais apenas.

Cuide muito da sua intuição, mas não esqueça de olhar para o lado mais lógico, dos dados, da realidade e de experiências de outras pessoas. Estar exposto à sorte nem sempre produz resultados consistentes.

Saber equalizar os riscos de agir ou não é o que se espera de uma pessoa pessoal e profissionalmente, por isso, reconhecer os seus padrões entendendo que você possui duas maneiras de pensar e agir, fará com que suas decisões sejam certas e reconhecidas. E isso é o que fará de você um profissional bem-sucedido ou não.

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Cris Santos

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