Turnover: o que ninguém sabe sobre os pedidos de demissão no mercado fitness.

Quando começarmos a voltar “ao normal”, ou seja, quando conseguirmos conviver mais uns com os outros, as ofertas de emprego vão aumentar e, com isso, o turnover também vai.

Entenda porquê.

Hoje são mais de 14 milhões de desempregos e ainda há a falta de qualificação profissional. Por outro lado, vagas e vagas não são preenchidas pela falta de talentos. Segundo o IBGE, são mais de 350.000 oportunidades, o que exigirá muita agilidade e esforço dos headhunters em encontrar esses talentos.

Para amenizar esse cenário, a estratégia está em formar mais pessoas e capacita-las, porém, o que aconteceu com o advento da pandemia, foi um mercado mais enxuto de recursos e investimentos em treinamentos por conta da crise. Com o fitness colapsado, empresas diminuíram seu contingente humano e não havia espaço para pensar em nada mais do que tentar se manter em pé e sobreviver. 

Muitos não conseguiram e os que sobreviveram, precisarão repensar suas equipes e seus processos.

Com a retomada, as contratações aumentam e com ela, a necessidade de mais qualificação também. Contratações e treinamentos serão a “bola da vez” para a metade de 2021. Empresas precisarão contratar rápido e preencher posições sistematicamente.

Mas esse movimento não será proporcional ao processo de treinar e preparar os talentos o que dificulta a busca por pessoal qualificado. Isso porque formar pessoas é uma ação de longo prazo e os que demitem na crise são os primeiros a reclamar sobre a falta de pessoas quando a economia retoma. Reclamam porque essas mesmas pessoas demitidas, ao se recolocarem, irão escolher onde dedicarão seu tempo e seu conhecimento, e claro, seus esforços e suas expectativas. É isso o que gera movimento ao mercado: pessoas e empresas em sintonia para o crescimento mútuo.

Pensar em desenvolvimento humano organizacional (DHO) não pode ser um pensamento de curto prazo. Pessoas precisam de tempo para conhecer e aprender, gerar habilidades e agirem de acordo com as necessidades da empresa, fazendo com que o principal pilar de desenvolvimento de competências, o CHA – conhecimento/ habilidade/atitude, sejam o principais princípios utilizados na construção e desenvolvimento de talentos. E isso não se faz do dia para a noite!

Mas por que as pessoas se demitem? Por conta da cultura organizacional e da liderança.

No entanto, líderes costumam justificar essas demissões responsabilizando o mercado, onde a pseudo oferta de oportunidades fantasmas são tidas como as principais vilãs da auto demissão. Não reconhecem as falhas na cultura, na gestão e, com isso, mantêm-se isolados da realidade.

Empresas perdem suas equipes para elas mesmas; nenhum funcionário feliz quer sair de onde está!

Claro que ofertas e oportunidades acontecem e estão sempre em pauta, mas não há nada que tire um profissional de um lugar quando onde faz sentido para ele. De acordo com um estudo, conduzido pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Carreira da Produtive, 46% dos entrevistados pediram demissão porque não viram mais possibilidade de se desenvolver.

Além disso, líderes que estão próximos e alinhados aos colaboradores, engajam mais as pessoas e correm menos riscos de as perderem para o mercado ou por melhores oportunidades de carreira. Vale entender que a área da gestão das pessoas no fitness ainda é um ponto que precisa de atenção e cuidado, mas para esse momento que iremos enfrentar, de fundamental importância.

No entanto, independe do motivo pelo qual um colaborador se demite, é importante perceber que o mundo do trabalho mudou, que as pessoas querem ter equilíbrio entre a vida e o trabalho e acreditam que podem ser eficazes e produtivas nos dois mundos.

E sim, empresas mais flexíveis terão mais chances com elas.

Boa retomada.

Cris Santos.

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